domingo, 30 de dezembro de 2012

O velho e o moço


Deixo tudo assim. Não me importo em ver a idade em mim, ouço o que convém. Eu gosto é do gasto. Sei do incômodo e ela tem razão quando vem dizer  que eu preciso sim de todo o cuidado.
E se eu fosse o primeiro a voltar pra mudar o que eu fiz, quem então agora eu seria? Ah, tanto faz! Que o que não foi não é. Eu sei que ainda vou voltar...Mas eu, quem será?
Deixo tudo assim, não me acanho em ver vaidade em mim. Eu digo o que condiz.. Eu gosto é do estrago.. Sei do escândalo e eles têm razão quando vêm dizer que eu não sei medir nem tempo e nem medo.
E se eu for o primeiro a prever e poder desistir do que for dar errado? Ahhh... Ora, se não sou eu, quem mais vai decidir o que é bom pra mim? Dispenso a previsão! Ah, se o que eu sou é também o que eu escolhi ser. Aceito a condição
Vou levando assim que o acaso é amigo  do meu coração. Quando fala comigo, quando eu sei ouvir.