segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Pedaço do sentimento. (inexistente?)[3]

[...]

Posso falar que me apaixonei por você a primeira 'vista'?!!? É, eu me apaixonei! Me apaixonei pelo seu rosto, pela sua feição, pelo seu humor, pelo seu jeito de encarar a vida, pelo seu jeito de escrever. Me apaixonei pela sua inteligencia, pela sua sede de leitura, pela forma 'delicada' que você conta da sua mãe, pelo seu xaveco (sua xavequeira, suihsiusah!), pela sua forma de conseguir sonhar, imaginar, idealizar sem tirar completamente os dois pés do chão.

Me apaixonei por você inteira sem nem precisar te olhar nos olhos ou te tocar, te abraçar... Me apaixonei por você P., a pessoa P. e não o corpo P., o rosto bonito P., a gostosura P.. Me apaixonei pelo seu coração, pela sua presença nas minhas tardes, só por isso! Gosto da sua amizade e prefiro que fique assim até a gente poder sentir os lábios uma da outra.

Mas, no final é isso que eu, pelo menos, quero que aconteça! Não por nada, por ''sai daqui!!''...  é mais por nos podar e deixar para grandes emoções no grande dia! Eu sei que você entende porque já até conversamos sobre isso, não sei se agora ainda é o mesmo pensamento, pode ter mudado, mas pra mim continua o mesmo. 


Eu mudei. Você pediu pra eu ser eu mesma com você, eu o fiz, com algumas limitações, mas o fiz e por quase completo. Se eu for ser realmente completa com você, eu acho que eu sofreria demais. Eu sei da minha capacidade de gostar das pessoas muito fácil, por isso agora evito ao máximo ser eu mesma. Eu nunca fui outra pessoa com você, só deixei meu lado afetivo de lado e expus o mais frio. Talvez eu esteja sendo um pouco egoísta, mas na nossa situação lhe dou esse direito também. Não estamos no caso de ''Lumi, não gosto dessa menina, não quero você de nhenhenhe com ela'', ou qualquer coisa do gênero! Você está desempedida ai, né não??! E eu aqui... Como você sempre diz: '' Quando for pra ser, eu serei só sua''!

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Talvez esteja gostando de verdade de você, talvez seja só carência, vontade de estar com alguém e por você me tratar tão bem, acabei confundindo as coisas. Pode ser isso, afinal ninguém sabe diferenciar essas coisas! Mas, vou te contar um segredinho, top secret... Quando vi seus posts na comu, meus olhos brilharam e eu nem sei porque.

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E criei coragem pra te add e vi, após a primeira conversa, que você seria alguém que me conquistaria fácil, fácil! E já na terceira conversa eu ja sentia ciúmes, acredita!? Era um ciúme bobo, porque justo na época que eu te add, te add várias outras meninas também. Aí eu pensava: ''Mano, como eu vou me destacar no meio desse monte de mina!?!?'' Ciumes bobo, né!?! Mas, no final eu desencanei. Tava numa época tão desencanada da minha vida que nem fiz questão de querer me destacar, se bem me lembro eu tava namorando o infeliz do Eduardo na época que graças nem converso mais com ele e nem sequer olho ou cruzo o caminho dele e me sinto tão leve por isso! Mas, enfim não é disso que vamos falar... E eu achando que não fosse me destacar ou nem ao menos continuar a conversar com você. Achei que seria algo de uma semana e acabo. Mas, fico feliz que tenha sido ao contrário e que tenha durado, por enquanto, 5 meses. E mesmo se você hesitasse eu ia tentar mais algumas vezes.

As vezes fico pensando como que teria sido se eu não tivesse te add, se tivesse sido levada pela a aparência loira sua. Será que você teria me notado!? E se tivesse, será que teria me add!? E se fosse tudo ao contrário, se eu nem soubesse da existência daquela comu, nossos orkuts teriam se encontrado, será?!?! Eu penso muito nisso, mas como esses 'se' são inexistentes, a gente releva e se atenta ao agora. Mesmo achando que nada disso teria acontecido!

Mas, sabe... Não quero gostar de você! É entendível isso!?! É entendível a minha posição em relação a tudo isso!? Eu espero que sim, porque não quero ficar dependente de um sentimento não correspondido ou dificil. Vamos ser realistas?! Eu não sei o que você sente por mim (Talvez nada. Digo 'nada' que me deixe pensar em você), nem ao menos sei o que eu sinto. Muitas vezes hesitei em dizer tudo que estou falando aqui nessa carta. Muitas, muitas e muitas vezes, passava o dia pensando nisso. Pensando em como falar, como começar e como levar adiante o assunto (Porque sei que você não é do tipo que prolonga esse tipo de assunto. Você gosta de terminar com um ''sz'' --'' ). Pensando se ia ou não falar sobre tudo isso com você, na maioria das vezes, ou melhor, em todas as vezes eu voltei atras.

[...]

Prefiro a verdade independente do estado que eu vá ficar dps. Tudo um dia será esquecido e essa verdade perdoada, mas comigo é tudo na base da sinceridade! Eu sei dividir as coisas, sei dividir o meu sentimento de um conselho sincero que te daria. Quero saber se você está bem, me preocupo com você, só pelo simples fato de te ver sorrindo.

Eu gosto de você, de verdade, muito, muito. E só estou sendo sincera como sempre fui com você. Espero que eu tenha sido clara o suficiente pra você conseguir entender. Você sabe o quanto que sou confusa das idéias, eu tento me expressar e acabo me enrolando em alguma parte! Desculpa qualquer coisa viu amor. Eu só precisava desabafar essas coisas. Um dia você me disse que gostaria de receber uma carta minha trazendo coisas boas, eu espero que essa carta seja, de alguma forma, boa pra você, e quem sabe, pra nós!

Consigo nos ver juntas! Consigo me ver ai, ou vê-la aqui. Consigo ver a gente no sofá ou na cama assistindo um filme de terror ou romance, comendo pipoca, enroladas num cobertor... Consigo ver a gente juntas, consigo até ver nossas brigas, que seriam bobas obviamente. Não acho que a gente iria brigar muito, acho que nossa relação seria linda, respeitosa, quente e invejada.

Mas, ''talvez não seja nessa vida ainda... mas você ainda será minha vida (8)''! Tudo ao seu tempo, sem pressa nenhuma. Como já disse eu espero você me amar, espero o tempo que for!

Bom, é isso P....[desejei parabens de novo]... E você sabe onde me encontrar caso precise de amor de verdade. Só uma observação... o texto ''A pipa'' que eu fiz foi pra você, tá!?

Beijos
Lumi
s2
(15/10/09)


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Acho que coloquei na ordem das cartas que eu queria. De trás pra frente!

sábado, 27 de novembro de 2010

Pedaço do sentimento. (inexistente?)[2]

[...]

Namoro a distancia não é só complicação pra cabeça, namoro a distancia tem lá seus lados positivos. Mas, lados negativos e positivos vão de quem você namora, obviamente. Não é igual para todos! E eu digo e repito, o nosso relacionamento, eu e você, sempre foi bom e me recuso a acreditar que não seria se fossêmos namoradas!

Não sei qual é o seu medo e nem porque ele existe, se existe, mas estou disposta a acabar com ele quando você permitir! Esse afastamento que a gente teve, ele não aconteceria se não tivesse acontecido tudo que aconteceu. No caso, você começar a ficar com a N. e não me contar, ter continuado com as idealizações, ter me contado muito tempo depois que você estava de rolo com alguém, e continuar com as idealizações, ter começado a namorar e dizer: ''não sei se estou namorando Lumi'' e ter continuado com as idealizações. Eu sei que voce já sabe disso. 
Mas, se você soubesse o quanto que eu sentia raiva disso. Eu pensei cada coisa, desabafei cada coisa com a A., com razão ou não eu fiquei muito brava!

Acho que alguns afastamentos vêem pro bem. Gostei de ter me afastado esse tempo de você!! Não por: ''graças a P. ta longe'', mas por ter tido um tempo pra eu pensar em certas coisas. Eu me sufocava nas suas atitudes, tudo o que você fazia me atingia de alguma forma. Não sei porque, mas isso não era pra acontecer porque, lógico, você não fazia de propósito. Mas, eu precisava parar de me importar um pouco com você, precisava parar de futucar sua vida no orkut, pra em troca só ficar brava com você por motivo nenhum. Onde o único motivo que eu conseguia era ficar emputecida porque você está namorando uma doidinha (é, doida /hunf) e não está namorando comigo. Precisava de um tempo pra pensar e pra deixar a ficha cair que eu não sou sua e você não é minha namorada, e que não é agora, quer dizer, muito menos agora você será minha namorada. Precisava de um 
tempo para aceitar isso. Precisava de um tempo para entender as conversas que tivemos e entender TODAS as conversas que tivemos até hoje! E talvez tenha chegado a uma conclusão e uma delas é que: eu gosto mesmo de você, mas que agora nada vai passar de uma grande e belíssima amizade que a gente tem.

Acho que você vai concordar comigo quando eu digo que eu penso demais em muitas coisas para muitas coisas, coisas até que não há necessidade. Isso pode ser considerado um defeito ou não... eu as vezes acho que é um defeito. Mas, não creio que eu vou mudar isso tão cedo. Mas, eu pensei, penso e pensarei sempre antes de tomar qualquer atitude ou falar qualquer coisa! Cansei de sair falando tudo o que penso e obrigar as pessoas a ouvirem meus pensamentos, as vezes, grosseiros ou injustos, e querer ainda sair ilesa e achar que não preciso ouvir dos outros. Depois de muitas vezes que aconteceu isso aprendi a pensar, pra poder tbm aceitar o que os outros tem a dizer. E hoje, agradeço por ser assim. Estou muito mais aberta à tudo, à qlq tipo de pensamento e opinião. Aprendi aceitar que as opiniões são diferentes e não discutir isso! Por isso, quero saber o que você pensa. Me diga, me escreva, me fale, me insulte, me xingue, me qualquer coisa!!! Mas me diga o que você pensa!

Eu senti sua falta nesse tempo que estive afastada e sinto sempre. Você me faz bem, gosto do seu senso de humor, coisa que admiro muito em alguém, mesmo porque o meu senso de humor é pobre!!! E seu senso de humor me deixa bem! Gostei de ter me afastado de você, mas gostei mais ainda de ter voltado a falar com você!!!! Continuo com o pensamento de que não irei te abandonar, principalmente por motivos banais, prometo!

[...]

Boas festas de fim de ano P., que 2010 seja melhor que 2009 pra você e quero que você saiba que você foi uma das melhores coisas que me aconteceu esse ano! Você foi meu porto-seguro em muitos dos meus momentos, sério!

    Um beijo amor
    Lumi
    s2
(19/12/2009)

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Pedaço do sentimento. (inexistente?)

[...]

Porque eu to contando tudo isso pra você, né?! Sendo que eu nem sou a protagonista da história. Pelo simples fato de que eu não tirei minha cabeça de você ontem. Eu to ficando com a T. desde sexta, e tudo foi como tinha que ser: lindo, ficamos juntas, dormimos juntas na grama, passamos o dia inteiro juntas. Mas tem um porém, eu não estava beijando a T. mentalmente. Porque eu não conseguia beijá-la, fazer carinho ou qlq outra coisa sem imaginar tudo isso com você. E quando conseguia, alguém falava ou fazia alguma coisa que me lembrava você. E eu sem querer, parava no parque, sentada e ficava olhando pro nada só deixando o sol bater e o vento desarrumar meu cabelo. Na 
maioria das vezes nao sabia no que estava pensando ou queria fingir que não sabia. Mas, eu sabia e era em você. 


Não sei se isso é bom, creio que não seja por conta de ser só uma imaginação e pode ser que seja bom porque eu penso em você. É só uma imaginação sim, mas eu tenho esperanças de que um dia ela irá se tornar realidade. Não tenho pressa, acho que não tenho. Gosto que tudo seja devagar, sem pressão, sem precipitação...

[...]

Eu acho que você conseguiu fazer o que você sempre consegue fazer: esconder o que você realmente sente, mas ao mesmo tempo demonstrá-lo. 
Nunca sei o que voce ta pensando realmente, eu sei que você gosta de mim, isso basta pra mim, independente da forma. Eu juro que to me segurando ao máximo no chão, mas ta dificil, mtu dificil!!

[...]

Mas, não vá pensando que desisti da idéia de namorar com você não viu.. ainda quero e muito. Eu só imagino essas coisas pra ter como estar preparada quando acontecer, mesmo sabendo que as coisas podem acontecer completamente diferente.

Eu quero ficar o dia inteiro com você deitada em qualquer lugar, quero te beijar pensando em você, quero olhar nos seus olhos e te encontrar, quero te abraçar, quero ficar bêbada com você, quero correr de mãos dadas com você... Não quero fazer tudo isso com qualquer outra pessoa pensando em você, vai contra os meus principios, contra meus sentimentos... Não gosto de trai-los... e no momento eles estão apontando pra você.

Lumi
(01/11/09)

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Deu saudade

Deu saudade de chorar por saudade. Deu saudade de chorar por saudade, de verdade!
Deu saudade de sentir saudade de verdade. De alguém, de alguma coisa, de algum sentimento, de algum objeto, da saudade!
Deu saudade de quem já se foi, por morte ou motivos pessoais. Deu saudade de quem tá longe, de quem tá perto, de quem não está mais, de quem já esteve e se foi!
Deu saudade dos tempos, dos ventos e sentimentos.
Deu saudade de sentir, perseguir e insitir. De tentar, apagar e chamar. De ver, creer e ser.
Deu saudade de mim. Do meu passado, dos meus antigos pensamentos e atitudes. Mas só de algumas coisas!
Deu saudade das coisas fúteis. Como não menstruar, não ter responsabilidades, não estudar, não escrever, não beber, não fumar, não andar e não amar.


(sem data. Mas é antigo)

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Recordações

Infelizmente, você me traz boas lembranças. Queria que só as ruins continuassem a perambular minhas memorias. Talvez não me fariam tão mal quanto as boas. Não sei se faz sentido. Mas, o fato de já ter passado momentos bons com voce e eles ainda existirem na minha memoria, mesmo depois de tudo o que voce fez, me corrói. 

Quando se tem lembranças ruins é um ponto final que seu inconsciente coloca no seu consciente. Seu consciente são as memorias boas. Seu inconsciente memorias ruins. Como sempre, as pessoas só se lembram das coisas ruins que voce fez e ainda jogam na sua cara depois. Quando se há mtas coisas ruins, elas acabam encobrindo as boas, é natural. Pois são com as ruins que nós sofremos. Voce ja viu alguem sofrer pq sua namorada é cheirosa demais?!!? Não.

Quando voce se magooa com alguém, voce imediatamente pensa: ''Não quero nunca mais falar com essa pessoa e bla bla bla!!!!!''. 
Quando alguém te faz bem, voce imediatamente pensa: ''Aiii quero sempre essa pessoa do meu lado e bla bla bla!!!"

Mas aí é que tá: NAO QUERO MAIS FALAR COM VOCE!!! NÃO QUERO MAIS SABER DE VOCE!!! QUERO VOCE LONGE DE MIM!!!
E pra isso, preciso das más recordações. Mas ainda lembro das boas e quero joga-las fora. 

Mas, as memorias boas me fazem bem, mas me fazem mal por saber que não voltarão nunca! 

Seu inconsciente, inconscientemente, cobre seu consciente.
Suas memorias ruins e coerentes, cobrem suas memorias boas e futeis!

Pra que preciso das boas, se não posso te-las?!
Vou guardar as ruins para poder aprender a me magooar menos com as coisas. Pra aprender, somente.

Vou jogar fora minhas recordações boas.

Não sei se faz sentido essa linha de raciocinio, mas as memorias ruins me ajudam a te esquecer e a pegar cada vez mais ódio de voce!


(16/02/10)

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Como você me dói!

Sabe que o meu gostar por você chegou a ser amor, pois se eu me comovia vendo você, pois se eu acordava no meio da noite só pra ver você dormindo, meu Deus...como você me doía! De vez em quando eu vou ficar esperando você numa tarde cinzenta de inverno, bem no meio duma praça, então os meus braços não vão ser suficientes para abraçar você e a minha voz vai querer dizer tanta, mas tanta coisa que eu vou ficar calada um tempo enorme...só olhando você, sem dizer nada só olhando e pensando: Meu Deus, mas como você me dói de vez em quando!

(Caio Fernando)

sábado, 20 de novembro de 2010

O ovo e a galinha

''De manhã na cozinha sobre a mesa vejo o ovo.
Olho o ovo com um só olhar. Imediatamente percebo que não se pode estar vendo um ovo. Ver o ovo nunca se mantêm no presente: mal vejo um ovo e já se torna ter visto o ovo há três milênios. – No próprio instante de se ver o ovo ele é a lembrança de um ovo. – Só vê o ovo quem já o tiver visto. – Ao ver o ovo é tarde demais: ovo visto, ovo perdido. – Ver o ovo é a promessa de um dia chegar a ver o ovo. – Olhar curto e indivisível; se é que há pensamento; não há; há o ovo. – Olhar é o necessário instrumento que, depois de usado, jogarei fora. Ficarei com o ovo. – O ovo não tem um si-mesmo. Individualmente ele não existe. [b][...][/b]
 O amor pelo ovo é supersensível. A gente não sabe que ama o ovo. – Quando eu era antiga fui depositária do ovo e caminhei de leve para não entornar o silêncio do ovo. Quando morri, tiraram de mim o ovo com cuidado. Ainda estava vivo. – Só quem visse o mundo veria o ovo. Como o mundo o ovo é óbvio.
O ovo não existe mais. Como a luz de uma estrela já morta, o ovo propriamente dito não existe mais. – Você é perfeito, ovo. Você é branco. – A você dedico o começo. A você dedico a primeira vez. [b][...][/b]
Olho o ovo na cozinha com atenção superficial para não quebrá-lo. Tomo o maior cuidado de não entendê-lo. Sendo impossível entendê-lo, sei que se eu o entender é porque estou errando.
Entender é a prova do erro. Entendê-lo não é o modo de vê-lo. – Jamais pensar no ovo é um modo de tê-lo visto. – Será que sei do ovo? É quase certo que sei. Assim: existo, logo sei. – O que eu não sei do ovo é o que realmente importa. O que eu não sei do ovo me dá o ovo propriamente dito. [b][...][/b] Quem se aprofunda num ovo, quem vê mais do que a superfície do ovo, está querendo outra coisa: está com fome.
O ovo é a alma da galinha. A galinha desajeitada. O ovo certo. A galinha assustada. O ovo certo. Como um projétil parado. Pois ovo é ovo no espaço. Ovo sobre azul. – Eu te amo, ovo. Eu te amo como uma coisa nem sequer sabe que ama outra coisa. – Não toco nele. A aura de meus dedos é que vê o ovo. Não toco nele – Mas dedicar-me à visão do ovo seria morrer para a vida mundana, e eu preciso da gema e da clara. – O ovo me vê. O ovo me idealiza? O ovo me medita? Não, o ovo apenas me vê. É isento da compreensão que fere. – O ovo nunca lutou. Ele é um dom. – O ovo é invisível a olho nu. De ovo a ovo chega-se a Deus, que é invisível a olho nu. – O ovo terá sido talvez um triângulo que tanto rolou no espaço que foi se ovalando. [b][...][/b]
O ovo é coisa que precisa tomar cuidado. Por isso a galinha é o disfarce do ovo. Para que o ovo atravesse os tempos a galinha existe. Mãe é para isso. – O ovo vive foragido por estar sempre adiantado demais para a sua época. – O ovo por enquanto será sempre revolucionário. – Ele vive dentro da galinha para que não o chamem de branco. O ovo é branco mesmo. Mas não pode ser chamado de branco. Não porque isso faça mal a ele, mas as pessoas que chamam ovo de branco, essas pessoas morrem para a vida. Chamar de branco aquilo que é branco pode destruir a humanidade. Uma vez um homem foi acusado de ser o que ele era, e foi chamado de Aquele Homem. Não tinham mentido: Ele era. Mas até hoje ainda não nos recuperamos, uns após outros. A lei geral para continuarmos vivos: pode-se dizer “um rosto bonito”, mas quem disser “O rosto”, morre; por ter esgotado o assunto. 
Com o tempo, o ovo se tornou um ovo de galinha. Não o é. Mas, adotado, usa-lhe o sobrenome. – Deve-se dizer “o ovo da galinha”. Se eu disser apenas “o ovo”, esgota-se o assunto, e o mundo fica nu. – Em relação ao ovo, o perigo é que se descubra o que se poderia chamar de beleza, isto é, sua veracidade. A veracidade do ovo não é verossímil. Se descobrirem, podem querer obrigá-lo a se tornar retangular. O perigo não é para o ovo, ele não se tornaria retangular. (Nossa garantia é que ele não pode: não poder é a grande força do ovo: sua grandiosidade vem da grandeza de não poder, que se irradia como um não querer.) Mas quem lutasse por torná-lo retangular estaria perdendo a própria vida. O ovo nos expõe, portanto, em perigo. Nossa vantagem é que o ovo é invisível. E quanto aos iniciados, os iniciados disfarçam o ovo. Quanto ao corpo da galinha, o corpo da galinha é a maior prova de que o ovo não existe. Basta olhar para a galinha para se tornar óbvio que o ovo é impossível de existir.
E a galinha? O ovo é o grande sacrifício da galinha. O ovo é a cruz que a galinha carrega na vida. O ovo é o sonho inatingível da galinha. A galinha ama o ovo. Ela não sabe que existe o ovo. Se soubesse que tem em si mesma o ovo, perderia o estado de galinha. Ser galinha é a sobrevivência da galinha. Sobreviver é a salvação. Pois parece que viver não existe. Viver leva a morte. Então o que a galinha faz é estar permanentemente sobrevivendo. Sobreviver chama-se manter luta contra a vida que é mortal. [b][...][/b]
O desarvoramento da galinha vem disso: gostar não fazia parte de nascer.
Gostar de estar vivo dói. – Quanto a quem veio antes, foi o ovo que achou a galinha. A galinha não foi sequer chamada. A galinha é diretamente uma escolhida. – A galinha vive como em sonho. Não tem senso de realidade. Todo o susto da galinha é porque estão sempre interrompendo o seu devaneio. A galinha é um grande sono. – A galinha sofre de um mal desconhecido. O mal desconhecido é o ovo. – Ela não sabe se explicar: “ sei que o erro está em mim mesma”, ela chama de erro a vida, “não sei mais o que sinto”, etc. 

“Etc., etc., etc.,” é o que cacareja o dia inteiro a galinha. A galinha tem muita vida interior. Para falar a verdade a galinha só tem mesmo é vida interior. A nossa visão de sua vida interior é o que chamamos de “galinha”. A vida interior na galinha consiste em agir como se entendesse. [b][...[/b] A galinha é tonta, desocupada e míope. Como poderia a galinha se entender se ela é a contradição de um ovo? [b][...][/b] A galinha é sempre tragédia mais moderna. Está sempre inutilmente a par. E continua sendo redesenhada. Ainda não se achou a forma mais adequada para uma galinha. [b][...][b]Mas para a galinha não há jeito: está na sua condição não servir a si própria. Sendo, porém, o seu destino mais importante que ela, e sendo o seu destino o ovo, a sua vida pessoal não nos interessa. Dentro de si a galinha não reconhece o ovo, mas fora de si também não o reconhece. Quando a galinha vê o ovo pensa que está lidando com uma coisa impossível. É com o coração batendo, com o coração batendo tanto, ela não o reconhece.
De repente olho o ovo na cozinha e vejo nele a comida. Não o reconheço, e meu coração bate. A metamorfose está se fazendo em mim: começo a não poder mais enxergar o ovo. Fora de cada ovo particular, fora de cada ovo que se come, o ovo não existe. Já não consigo mais crer num ovo. Estou cada vez mais sem força de acreditar, estou morrendo, adeus, olhei demais um ovo e ele me foi adormecendo.
A galinha não queria sacrificar a sua vida. A que optou por querer ser “feliz”. A que não percebia que, se passasse a vida desenhando dentro de si como numa iluminura o ovo, ela estaria servindo. A que não sabia perder-se a si mesma. A que pensou que tinha penas de galinha para se cobrir por possuir pele preciosa, sem entender que as penas eram exclusivamente para suavizar, a travessia ao carregar o ovo, porque o sofrimento intenso poderia prejudicar o ovo. A que pensou que o prazer lhe era um dom, sem perceber que era para que ela se distraísse totalmente enquanto o ovo se faria. [b][...][/b] A que pensou que “eu” significa ter um si-mesmo. As galinhas prejudiciais ao ovo são aquelas que são um “eu” sem trégua. Nelas o “eu” é tão constante que elas já não podem mais pronunciar a palavra “ovo”. Mas, quem sabe, era disso mesmo que o ovo precisava. Pois se elas não estivessem tão distraídas, se prestassem atenção à grande vida que se faz dentro delas, atrapalhariam o ovo.

Comecei a falar da galinha e há muito já não estou falando mais da galinha. Mas ainda estou falando do ovo.
E eis que não entendo o ovo. Só entendo o ovo quebrado: quebro-o na frigideira. É deste modo indireto que me ofereço à existência do ovo: meu sacrifício é reduzir-me à minha própria vida pessoal. Fiz do meu prazer e da minha dor o meu destino disfarçado. E ter apenas a própria vida é, para quem viu o ovo, um sacrifício. Como aqueles que, no convento, varrem o chão e lavam a roupa, servindo sem a glória de função maior, meu trabalho é o de viver os meus prazeres e as minhas dores. É necessário que eu tenha a modéstia de viver.

Pego mais um ovo na cozinha, quebro-lhe a casca e forma. E a partir deste instante exato nunca existiu um ovo. É absolutamente indispensável que eu seja uma ocupada e uma distraída. Sou indispensavelmente um dos que renegam. Faço parte da maçonaria dos que viram uma vez o ovo e o renegam como forma de protegê-lo. Somos os que se abstêm de destruir, e nisso se consomem. Nós, agentes disfarçados e distribuídos pelas funções menos reveladoras, nós às vezes nos reconhecemos. A um certo modo de olhar, há um jeito de dar a mão, nós nos reconhecemos e a isto chamamos de amor. E então, não é necessário o disfarce: embora não se fale, também não se mente, embora não se diga a verdade, também não é necessário dissimular. Amor é quando é concedido participar um pouco mais. Poucos querem o amor, porque o amor é a grande desilusão de tudo o mais. E poucos suportam perder todas as outras ilusões. Há os que voluntariam para o amor, pensando que o amor enriquecerá a vida pessoal. É o contrário: amor é finalmente a pobreza. Amor é não ter. Inclusive amor é a desilusão do que se pensava que era amor. E não é prêmio, por isso não envaidece, amor não é prêmio, é uma condição concedida exclusivamente para aqueles que, sem ele, corromperiam o ovo com a dor pessoal. Isso não faz do amor uma exceção honrosa; ele é exatamente concedido aos maus agentes, àqueles que atrapalhariam tudo se não lhes fosse permitido adivinhar vagamente. [b][...][/b]
Há casos de agentes que se suicidam: acham insuficientes as pouquíssimas instruções recebidas e se sentem sem apoio. [b][...][/b] Houve outro também eliminado, porque achava que “a verdade deve ser corajosamente dita”, e começou em primeiro lugar a procurá-la; dele se disse que morreu em nome da verdade com sua inocência; sua aparente coragem era tolice, e era ingênuo o seu desejo de lealdade, ele compreendera que ser leal não é coisa limpa, ser leal é ser desleal para com todo o resto. [b][...][/b]
Os ovos estalam na frigideira, e mergulhada no sonho preparo o café da manhã. Sem nenhum senso da realidade, grito pelas crianças que brotam de várias camas, arrastam cadeiras e comem, e o trabalho do dia amanhecido começa, gritado e rido e comido, clara e gema, alegria entre brigas, dia que é o nosso sal e nós somos o sal do dia, viver é extremamente tolerável, viver ocupa e distrai, viver faz rir.
E me faz sorrir no meu mistério. O meu mistério é que eu ser apenas um meio, e não um fim, tem-me dado a mais maliciosa das liberdades: não sou boba e aproveito. Inclusive, faço um mal aos outros que, francamente. O falso emprego que me deram para disfarçar a minha verdadeira função, pois aproveito o falso emprego e dele faço o meu verdadeiro; inclusive o dinheiro que me dão como diária para facilitar a minha vida de modo a que o ovo se faça, pois esse dinheiro eu tenho usado para outros fins, desvio de verba, ultimamente comprei ações na Brahma e estou rica. A isso tudo ainda chamo de ter a necessária modéstia de viver. E também o tempo que me deram, e que nos dão apenas para que no ócio honrado o ovo se faça, pois tenho usado esse tempo para prazeres ilícitos e dores ilícitas, inteiramente esquecida do ovo. Esta é a minha simplicidade.
Ou é isso mesmo que eles querem que me aconteça, exatamente para que o ovo se cumpra? É liberdade ou estou sendo mandada? Pois venho notando que tudo que é erro meu tem sido aproveitado. Minha revolta é que para eles eu não sou nada, eu sou apenas preciosa: eles cuidam de mim segundo por segundo, com a mais absoluta falta de amor; sou apenas preciosa. Com o dinheiro que me dão, ando ultimamente bebendo. Abuso de confiança? Mas é que ninguém sabe como se sente por dentro aquele cujo emprego consiste em fingir que está traindo, e que termina acreditando na própria traição. Cujo emprego consiste em diariamente esquecer. Aquele de quem é exigida a aparente desonra. Nem meu espelho reflete mais um rosto que seja meu. Ou sou um agente, ou é a traição mesmo.
Mas durmo o sono dos justos por saber que minha vida fútil não atrapalha a marcha do grande tempo. Pelo contrário: parece que é exigido de mim que eu seja extremamente fútil, é exigido de mim inclusive que eu durma como justo. Eles me querem preocupada e distraída, e não lhes importa como. Pois, com minha atenção errada e minha tolice grave, eu poderia atrapalhar o que se está fazendo através de mim. É que eu própria, eu propriamente dita, só tenho mesmo servido para atrapalhar. [b][...][/b] Desde então, desde essa malograda experiência, procuro raciocinar desse modo: que já me foi dado muito, que eles já me concederam tudo o que pode ser concedido; e que os outros agentes, muito superiores a mim, também trabalharam apenas para o que não sabiam. E com as mesmas pouquíssimas instruções. Já me foi dado muito; isto, por exemplo: uma vez ou outra, com o coração batendo pelo privilégio, eu pelo menos sei que não estou reconhecendo! Com o coração batendo de emoção, eu pelo menos não compreendo! Com o coração batendo de confiança, eu pelo menos não sei. 
Mas e o ovo? Este é um dos subterfúgios deles: enquanto eu falava sobre o ovo, eu tinha esquecido do ovo. “Falai, falai”, instruíram-me eles. E o ovo fica inteiramente protegido por tantas palavras. Falai muito, é uma das instruções, estou tão cansada.
Por devoção ao ovo, eu o esqueci. Meu necessário esquecimento. Meu interesseiro esquecimento. Pois o ovo é um esquivo. Diante de minha adoração possessiva ele poderia retrair-se e nunca mais voltar. Mas se ele for esquecido. Se eu fizer o sacrifício de esquecê-lo. Se o ovo for impossível. Então – livre, delicado, sem mensagem alguma para mim – talvez uma vez ainda ele se locomova do espaço até esta janela que desde sempre deixei aberta. E de madrugada baixe no nosso edifício. Sereno até a cozinha. Iluminando-a de minha palidez.''





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Texto completo : http://claricelispector.blogspot.com/2007/11/o-ovo-e-galinha.html

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Convite à tristeza



Vou convidar minha tristeza pra dançar
A noite inteira eu vou rodar
Ver nos meus braços ela amolecer
Depois, refeitas
Um café eu vou pedir
E se ela me sorrir
Mil galanteios sei que vou dizer
A noite inteira farei ela gargalhar
Dizendo coisas que até mesmo Deus duvida
E aí então
Quando ela se apaixonar
Desapareço, num piscar
Da sua vida 
Vou convidar minha tristeza...

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

condinome beija-flor



    ''Pra que mentir?? Fingir que perdoou?? Tentar ficar amigos sem rancor. A emoção acabou, que coincidência é o amor. A nossa música nunca mais tocou. Pra que usar de tanta educação?? Pra destilar terceiras intenções?? Desperdiçando o meu mel, devagarinho, flor em flor. Entre os meus inimigos, beija-flor. Eu protegi teu nome por amor em um codinome, Beija-flor. Não responda nunca, meu amor, pra qualquer um na rua, Beija-flor. Que só eu que podia dentro da tua orelha fria dizer segredos de liquidificador. Você sonhava acordada, um jeito de não sentir dor. Prendia o choro e aguava o bom do amor.''

sábado, 13 de novembro de 2010

Arixana

  O que sobrou de 5 anos de amizade.
2006, quando tudo começou.

     Saudades de quando era só nós duas no mesmo espaço, no mesmo tempo, do mesmo jeito! Saudades do tempo de bebedeiras com o intuito de nada para nada! 




       Saudade do tempo que não eram só fios de telefone que nos ligava. Saudade de quando apenas dormíamos juntas na sala de aula ou em qualquer lugar que seja. 


        Saudade de quando a gente deitava no chão do colégio e relembrava os bons tempos. 




      Saudades, infelizmente, de muitas coisas, de tudo. Mas, você se apaixonou né?! Uma pena que sua ''paixão'' por mim não seja igual antigamente e que ela tenha se voltado para outro ser. 


      Eu acho que verdadeiras amizades nunca morrem, só se distanciam. E isso não é bom! Ainda hoje eu sinto uma ligação telepática com você, mas não sei se é recíproco. Não sei se quando eu penso em você, você ta pensando em mim, não sei se quando penso em te ligar você ameaça ligar pra mim, não sei se você sente pelo menos metade da saudade que sinto de você.


   Pois você tem como se distrair e é bem mais racional que eu. Eu sempre me sentia sua protetora, queria te proteger a todo momento, a toda hora de tudo e muitas coisas juntas e ao mesmo tempo. Sou um ano mais velha que você e sinto que você é da mesma idade que eu. 


    Ciúmes, possessividade, brigas por causa do meu ciúme, eu regulando suas roupas e seus decotes, cuidando de você quando você ficava bêbada e dava em cima de todo mundo.... usahauihsausiahuiash. Sinto falta disso. Hoje você tem um HOMENZARRÃO pra cuidar disso, perdi meu posto. 
    Independente do que ou de quem estiver entre nós, eu sempre estarei aqui para o que você precisar. Você sabe onde eu moro, tem meu telefone, sabe como me encontrar, é só aparecer quando quiser.
    Eu sinto muita a sua falta e ainda te amo muito. Te amo demais.


segunda-feira, 8 de novembro de 2010

digitais

''Eu tava aqui tentando não pensar no seu sorriso
Mas me peguei sonhando com sua voz ao pé do ouvido
E te liguei
Me encontro tão ferida, mas te vejo aí também em carne viva
Será que não tem jeito?
Esse amor ainda nem nasceu direito pra morrer assim

Se você pudesse ter me ouvido um pouco mais
Se você tivesse tido calma pra esperar
Se você quisesse poderia reverter
Se você crescesse e então se desculpasse
Mas se você soubesse o quanto eu ainda te amo
É que eu não posso mais

Não vou voltar atrás
Raspe dos teus dedos minhas digitais
Não vou voltar atrás
Apague da cabeça, o meu nome, telefone, endereço
Não vou voltar atrás
Arranque do teu peito o meu amor cheio de defeitos

Me mata essa vontade de querer tomar você num gole só
Me Dói essa lembrança das suas mãos em minhas costas
Sob o sol da manhã
Você já me dizia: Conheço bem as suas expressões
Você já me sorria ao final de todas as minhas canções
Então por quê?''

é.







Chorar por tudo que se perdeu, por tudo que apenas ameaçou e não chegou a ser, pelo que perdi de mim, pelo ontem morto, pelo hoje sujo, pelo amanhã que não existe, pelo muito que amei e não me amaram, pelo que tentei ser correto e não foram comigo. Meu coração sangra com uma dor que não consigo comunicar a ninguém, recuso todos os toques e ignoro todas tentativas de aproximação. Tenho vergonha de gritar que esta dor é só minha, de pedir que me deixem em paz e só com ela, como um cão com seu osso.
A única magia que existe é estarmos vivos e não entendermos nada disso. A única magia que existe é a nossa incompreensão. (Caio Fernando)

sábado, 6 de novembro de 2010

O doce sabor


''Homem: Quer dizer que não sou seu tipo?
Mulher: Como o assunto voltou de repente?
Homem: Calma. Eu não sabia o que fazer com uma mulher como você. Eu não preciso tentar fazer você mudar de opção. Mas, por curiosidade, você disse que já namorou com homens?
Mulher: Eu namorei.
Homem: Eles tinham alguma... deficiência?
Mulher: Além do fato de eles terem uma péssima cabeça?
Homem: Hahaha, viu? Agora está me dizendo alguma coisa. Porque eu sei que os caras que você conheceu não sabiam levar as pérolas pra casa quando mergulhavam atrás das ostras.
Mulher: Na verdade, eu só estava brincando.
Homem: Olha só, já que a gente está sendo tão sincero, vou te dizer uma coisa: em matéria de agradar uma mulher, suas amigas, elas têem uma desvantagem natural. Elas podem tentar ao máximo, mas só que elas não estão equipadas com milhões de anos de engenharia genética, programação, instinto. A natureza criou o homem para esse propósito: satisfazer, conduzir. É por isso que essas lésbicas vivem por aí comprando e gastando uma nota com esses apetrechos sexuais, esses vibradores, tentando compensar o que elas não têem e nunca vão ter: o pênis.
Mulher: [olhar indignado].
Homem: É isso aí! O design dele já diz tudo que precisa saber, todo o movimento, o processo da penetração no escuro, profundo e misterioso desconhecido. É assim! Uma busca por aventuras, conquistas de fronteiras, a superação de obstáculos.
Mulher: Ah e você tentou passar a impressão de que não lia livros.
Homem: [bufada] Você poderia ter o melhor, é disso que estou falando.
Mulher: Então, resumindo, você está dizendo que os homens estão no topo da pirâmide ''com quem transar''?!
Homem: É o que eu estou dizendo.
Mulher: Ah, homens amorosos, carinhosos, sensíveis, atenciosos?
Homem: Exato!
Mulher: É, você tem uma certa razão. Mas, vamos considerar as mulheres por um minuto, tá bom?!
Homem: Claro.
Mulher: Suas formas, pescoço, ombros, pernas, quadris... eu acho muito bonito! Agora falando do seu famoso pênis, ele parece uma espécie de lesma marinha bizarra ou um enorme dedão do pé. É útil, até importante, mas é o máximo do design sexual? O topo da lista dos desejos? Eu acho que não. O primeiro impulso que se tem é beijar. O que?! Beijar os lábios. Lábios firmes e deliciosos, lábios doces que envolvem uma úmida e estonteante boca. É isso que todo mundo quer beijar, não um dedão, não uma lesma bizarra! Uma boca! E por que você acha isso absurdo?! Porque a boca é a irmã gêmea, quase a sósia idêntica do que?! Não do dedão. A boca é a irmã gêmea da vagina. E todas as criaturas grandes e pequenas, buscam o orifício, a abertura para serem sorvidas, tragadas e docemente esmagadas pelo o que realmente é poderosa, envolvente... agora se é com o design que se preocupa, significados ocultos, simbolismos e poder, esqueça o topo do Monte Everest, esqueça o fundo do mar, a lua, as estrelas, não existe nada em nenhum lugar que tem sido objeto de mais ambições, mais batalhas que o doce, sagrado mistério entre as pernas de uma mulher que eu me orgulho em chamar de: Vagina. Acho que é minha maneira indireta de dizer que as mulheres é quem tem, na verdade, as formas mais desejáveis. Você não concorda?
Homem: Con..cordo.
Mulher: E eu também!''


(Diálogo retirado do filme: Contato de risco. http://www.youtube.com/watch?v=MV0KSsvpJlU)

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Lifehouse

''Que dia é hoje e de que mês? O relógio nunca pareceu tão vivo. Eu não posso prosseguir e eu não posso desistir, tenho perdido tempo demais. Porque somos você e eu e todas as pessoas com nada para fazer, nada para perder. E somos você e eu e todas as pessoas e eu não sei por quê, não consigo tirar meus olhos de você.

Todas as coisas que quero dizer não estão saindo direito. Eu estou tropeçando nas palavrasVocê deixou minha mente girando. Eu não sei pra onde ir daqui. Porque somos você e eu e todas as pessoas com nada para fazer, nada para provar.

Existe algo sobre você agora que não consigo compreender completamente. Tudo o que ela faz é bonito. Tudo o que ela faz é certo''