sábado, 23 de fevereiro de 2013

Perfeita Simetria

Toda vez que toca o telefone eu penso que é você. Toda noite de insônia eu penso em te escrever, pra dizer que o teu silêncio me agride e não me agrada ser um calendário do ano passado. Pra dizer que teu crime me cansa e não compensa entrar na dança depois que a música parou.
Toda vez que toca o telefone eu penso que é você. Toda noite de insônia eu penso em te escrever. Escrever uma carta definitiva que não dê alternativa pra quem le. Te chamar de carta fora do baralho, descartar, embaralhar você e fazer você voltar ao tempo que nada nos dividia.
Havia motivo pra tudo e tudo era motivo pra mais. Era a perfeita simetria, éramos duas metades iguais!
O teu maior defeito talvez seja sua perfeição, tuas virtudes, talvez não tem solução. Então pegue o telefone ou um avião, deixe de lado os compromissos marcados, perdoa o que não puder ser perdoado, esquece o que não tiver perdão e vamos voltar aquele lugar, vamos voltar!

Era a perfeita simetria, eramos duas metades iguais.

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