segunda-feira, 29 de abril de 2013

Condicional.

Quis nunca te perder, tanto que demais via em tudo céu. Fiz de tudo cais, dei-te para ancorar doces deletérios e quis ter os pés no chão. Tanto eu abri mão que hoje eu entendi, sonho não se dá. É botão de flor, o sabor de fel é de cortar.
Eu sei, é um doce te amar. O amargo é querer-te para mim. Do que eu preciso é lembrar, é me ver antes de te ter e de ser teu, muito bem.
Quis nunca te ganhar, tanto que forjei asas nos teus pés, ondas pra levar. Deixo desvendar todos os mistérios. Sei, tanto te soltei que você me quis em todo lugar, lia em cada olhar. Quanta intenção! Eu vivia preso.
Eu sei, é um doce te amar. O amargo é querer-te para mim. Do que eu preciso é lembrar, é me ver antes de te ter e de ser teu. O que eu queria, o que eu fazia, o que mais? E alguma coisa a gente tem que amar, mas o que não sei mais.
Os dias que me vejo só são os dias que me encontro mais. E mesmo assim, eu sei também, que existe alguém pra me libertar.

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