segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Folhas em branco

Folhas em branco
me tentam a escrever.
Assim como,
o silencio me leva a quebra-lo,
fazendo musica em seis cordas.
Folhas em branco
dizem tanta coisa.
Mesmo não tendo nada nela.
Dizem o que eu quero ler,
o que quero ouvir,
o que quero falar,
o que quero escrever.
Tantas poesias de nomes importantes
começaram numa folha de papel em branco e
nasceram em cabeças perturbadas,
cabeças criativas,
cabeças inteligentes,
cheias de ideias para expressar!
As vejo tão brancas e, à luz do dia,
tão brilhantes.
Elas me dão essa vontade de escrever
mesmo que não tenha nada a dizer.
Não digo que elas me acalmam
-como deveria ser, supostamente-
porque eu fico na euforia de escrever.
De acabar com seu silencio e calmaria
e dá-la alguma vida diferente.
Rasgar sua superfície com meu grafite,
brincar com as formas que a escrita tem,
rabiscar quando errar,
apagar quando se enganar,
refazer se quiser.
É quase a vida real!
Só está faltando querer mudar o que já aconteceu.

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