terça-feira, 13 de setembro de 2016

A rede.

Me vejo deitada em uma rede com o formato do seu nome. Essa rede esta presa na boca de um poço. Aqueles poço onde a gente cai fundo.
Essa rede balança e pára. A cada balançada é o medo da rede virar e eu cair na escuridão sem ter um final necessariamente.
A rede com o formato do seu nome esta preça na boca de um poço, desses que a gente cai fundo sem fundo. Você assiste de fora o agonizante balançar da rede causada por sua respiração. Assiste de fora com seus pés firmes no chão, apoiada nesse poço.
A rede com o formato do seu nome esta presa na boca de um poço. Desses que a gente fundo sem final. E você assiste de fora com uma tesoura na mão pronta pra cortar fio a fio das cordas que prendem a rede ao poço. Algumas ja foram.
Me vejo deitada em uma rede com o formato do seu nome presa na boca de um poço. Sinto o balançar dela e te vejo fora da rede com a tesoura na mão pronta pra cortar fio a fio das cordas que prendem a rede ao poço. E observo o seu sorriso mais lindo olhando pra mim e espero quieta a queda na escuridão.

(27/08/16)

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